Rock Rosa

Saturday, September 09, 2006

Jim Morrison - Life, Death, Legend


Bem, não sei se preciso dizer que este é um blog de Rock'n Roll.....
Prometi a meus amigos que iria escrever sobre Rock e agora não posso voltar atrás.
Vou começar transcrevendo a tradução de um livro que estou lendo sobre Jim Morrison e os Doors.
Sou medíocre em traduções.....peço desculpas a Stephen Davis, autor do livro, e ao próprio Jim pelos erros surrealistas, absurdos e ridículos que deverei cometer.....mas, como diria Raul Seixas...."eu que não me sento no trono de um apartamento, com a boca escancarada, cheia de dentes, esperando a morte chegar......" , por isso, resolvi tentar.
Ah, outro detalhe....a cor destas letras está em azul em homenagem aos lindos olhos celestes do Jim.....e porque também ele deve estar no céu, mandando todo mundo se foder por lá!....




JIM MORRISON - VIDA, MORTE, LENDA

Introdução

Ele morreu há décadas, mas ainda causa polêmica.

Jim Morrison foi uma carismática figura na América dos anos sessenta, um poeta rebelde e gênio do delírio revestido em couro.

Ele viveu desregrado, morreu jovem, e se transformou num estranho cadáver em Paris, enquanto se escondia da lei.

Em seus primeiros escritos e críticas nota-se a dura tentativa que faz por um destino de justiça(denominava-se como "um anjo em graça e um cão no cio").

Jim foi o maior astro de rock de sua época e uma das mais famosas figuras públicas, mas - depois de mais de trinta anos após sua morte - sua vida e sua obra têm ainda produzido segredos e enigmas.

Jim Morrison provou "o pão que o diabo amassou".

Como vocalista líder dos Doors, ele foi um evangelizador cáustico, com a missão suicida de desprogramar sua geração daquilo que ele via como um passivo conformismo social e também sexual.

Ele foi um vidente, um iniciado, um trovador, um bêbado, um bissexual completo.

Jim intitulava sua banda como "politicamente erótica", e implacavelmente incitava sua imensa platéia - no auge dos perigosos anos sessenta - a ultrapassar a fronteira das portas da percepção, libertando-os do condicionamento robótico familiar e levando-os a aspirar coisas além com muito mais consciência.

A vibração dos concertos dos Doors tinha o ritmo de uma dança tribal e catalizadora de fortes emoções - semelhante à experiência de um ritual Xamânico ao qual a platéia de rock buscava ardorosamente.

Os Doors captaram a inquietação dos anos sessenta, que pairava no ar como um gás lacrimogênio, e criaram um poderoso narcótico.

Entre 1965 e 1971, Jim Morrison escreveu uma centena de canções, gravou sete álbuns de platina, escreveu e publicou quatro edições de poemas, fez três filmes, gravou suas poesias, escreveu trilhas sonoras e preencheu dezenas de cadernetas com versos e anotações.

Ele participou em mais de duzentos concertos com os Doors.

Ele se tornou um ícone sexual e o maior astro de rock americano dos anos sessenta.

Ele quebrou todos os tabus sexuais puritanos da América e sempre ameaçou perigosamente a administração Nixon com sua forma barulhenta de protestar e se revoltar.

Jim Morrison, como é notório, foi uma das mais importantes figuras de sua época.

Cuidadosamente desmistificado como Dionísio antes de sua morte, a visão poética de Morrison tem estado nas rádios por mais de trinta anos e entrou no novo século. Ele retomou os textos clássicos do rock, reaproximando uma geração através dos conhecimentos de profundos significados.

Jim Morrison foi a última encarnação daquela requintada figura romântica, o endemoniado poeta desperto, agitando com raiva o seu mundo e os seus contemporâneos; um profeta com terríveis olhos e dura feição, vestido como um ídolo negro. Ele foi aclamado como o maior poeta que surgiu na América nos anos 60. Décadas mais tarde, Jim Morrison seria considerado como um verdadeiro deus de sua época. Suas palavras vibraram no cérebro de três gerações americanas - a rapidez telegráfica de "Break On Through", a cadência visionária de "L.A.Woman", e os misteriosos versos sussurrados de "Riders on the Storm".

Sua voz ecoa nas estações de rock clássico de costa a costa.

Sua imagem frequenta os dormitórios estudantis de todos os lugares, imortalizada: Jim Morrison/ poeta americano/1943-1971.

Álbuns dos Doors, assim como as letras de suas músicas, venderam mais de cinquenta milhões de unidades, e continuam a subir.

Hoje, mais de trinta anos após a morte de Jim Morrison, importantes e novas revelações estão surgindo referentes à sua tumultuada vida, sua trágica morte e a eterna lenda que é. E, mesmo assim, as dúvidas sobre ele ainda perduram.

Quem foi ele realmente?

Por que destruiu a si próprio?

Por que ele parece que "fracassou" para aqueles que o conheceram?

Nem tudo era maravilhoso, no início, para os deuses do Rock nos anos 60.

As turnês eram simples e desorganizadas. As "groupies" eram agradáveis mas podiam lhes transmitir herpes e gonorréia.

As drogas e o álcool os transformavam em imbecis.

As esposas descansavam, enquanto os artistas viajavam.

Os críticos odiavam os astros quando eles se tornavam famosos, e, da mesma forma, a multidão de fãs que os elevara ao topo, torcia depois para vê-los cair.

Os Doors eram tão bons como qualquer outra banda de rock.

E, como todas as outras, eles pretendiam ser a maior banda do planeta.

Mas, nenhuma delas tinha a nítida força trazida pela complexa e irônica figura de Jim Morrison.

Vivendo seu tempo como ele viveu, na total loucura da expansão da consciência, Jim assimilou e demonstrou aquilo que os anos 60 representava para todos: uma era de novas visões religiosas, crises espirituais, mal-estar político, distúrbios raciais, assassinatos - mostrando também uma rara oportunidade para a mudança e a reforma.

As promessas da década de 60 nunca foram totalmente cumpridas, mas alguns tentos foram marcados como: a integração dos direitos civis, a chamada "aldeia global" e a junção harmônica entre o leste e o oeste, que ainda está se processando.

Jim Morrison pegou carona neste cenário mental tal como um assassino na estrada, e a música dos Doors tinha ainda o poder sinistro de envenenar os jovens com suas mensagens obscuras e sua força natural.

Por que hoje, trinta anos depois, pode-se tocar "People are Strange" e não escutá-la como uma melodia morta que emana através do túmulo?

Quantos artistas de rok mortos têm uma cerimônia tumultuada anual em suas tumbas? (cont.)



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